terça-feira, 8 de agosto de 2017

Não gosto…


Não gosto de deixar as emoções à deriva dentro de mim, como se gozassem de vontade própria, não gosto de sentir-me puxada para uma espiral de tormentos quase sem fim, nem tão-pouco de sentir que não consigo ter um  controlo sobre mim mesma, como acontece muitas vezes.

Não gostei de ser transformada numa pessoa emocionalmente mais fragilizada, temporariamente ou para sempre, de ficar dependente por causa das sequelas que me foram afligidas, nem sequer gosto de sentir-me perdida em vários momentos do meu dia.

Não gosto de sentir-me tão frágil, de viver arrastada na lentidão dos minutos, das horas, dos dias, de uma espera que nunca acaba, de viver submersa no inevitável tempo que não tem fim.


No entanto queixar-me da vida, deste universo para onde fui arremessada, do choque que sofri, não vai remediar o que está feito, há que levantar-me, erguer a cabeça e os braços, adaptar as decisões necessárias, pois tenho a responsabilidade de segurar as rédeas da minha vida.


Apesar de viver algumas horas ou mesmo alguns dias, fechada em mim própria, muitas ocasiões sem querer, existe em mim constantemente, a vontade de viver intensamente esta vida, que me presenteou outra oportunidade de usufruir de tantos outros momentos, mesmo que seja num outro tempo diferente!


Anabela Jerónimo Resende

1 comentário:

  1. Um exemplo de bravura :)
    Muita sorte e sucesso!

    Beijinho
    http://www.trendsandfashionblog.pt/

    ResponderEliminar